segunda-feira, julho 17, 2006

 

Carta ao leitor

Carata ao eleitor http://comprar.blogspot.com/
Nas mãos do presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faria um bem ao país e a sua biografia se vetasse a segunda tentativa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) de instituir no Brasil mecanismos de coerção e mediocrização da atividade jornalística. Com uma diretoria formada basicamente por assessores de imprensa de empresas estatais que se fazem passar por jornalistas, a Fenaj tinha tentado dois anos atrás criar um Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). A pretexto de "orientar, disciplinar e fiscalizar" a atividade, a tal conselho seria dado o poder de multar, punir e até cassar o registro profissional de jornalistas. Com sua natureza despótica desnudada pela reação quase unânime dos próprios jornalistas, o projeto foi, em boa hora, retirado do Congresso pelo presidente Lula.

A nova investida autoritária, de iniciativa do deputado Pastor Amarildo (PSC-TO) por orientação da Fenaj, foi aprovada pelo Congresso sem discussão adequada. Ela é ainda mais incivil do que teria sido a criação do CFJ. A Lei Amarildo exige diploma de curso superior de jornalismo a todos os que trabalham na imprensa escrita, nos telejornais e na internet. Todos, sem exceção, sejam eles colunistas, comentaristas de futebol, ilustradores e até chargistas. A nova disposição legal igualmente exige diploma de todos os professores das escolas de jornalismo. Tendo como base uma legislação dos tempos mais duros do regime militar, a lei tem inspiração ainda mais arcaica. Ela recria no Brasil em pleno século XXI as guildas medievais, corporações que decidiam com mão-de-ferro quem podia ser ourives, pintor ou escultor. Tudo em nome da reserva de mercado e do conforto dos medíocres, assustados com a concorrência de gente mais preparada e talentosa.

A Lei Amarildo tem esse mesmo espírito corporativista. Ela vai na contramão de um fenômeno mundial, em que os jornais, as revistas, os sites de internet e as televisões buscam avidamente o concurso de cientistas, astronautas, economistas, diplomatas, políticos, atletas profissionais – enfim, todo tipo de gente com conhecimento especializado e vivência dos temas em pauta. Vale lembrar que os órgãos de informação agem assim por pressão de seus leitores, ouvintes e telespectadores, cada vez mais exigentes no que diz respeito à riqueza, primariedade e clareza das informações especializadas. Nesse contexto, a exigência de um diploma empobrece e nivela por baixo a atividade jornalística. Está nas mãos de Lula, que não precisou de diploma para ser presidente da República, o poder de vetar a lei. Esperamos que ele o use.

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http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/crime_organizado/index.html


segunda-feira, julho 03, 2006

 

Espirita


EM NOVA YORKA top model Raica Oliveira freqüenta um centro espírita dirigido por brasileiros nos meses do ano em que mora nos Estados Unidos. "Do que mais gosto em minha religião é que sempre temos uma segunda chance", diz e...
foi criada na religião espírita. Nascida em Niterói, a namorada do craque Ronaldo mora hoje a maior parte do ano em Nova York por conta de compromissos profissionais. Quando está nos Estados Unidos, Raica vai ao centro Casa São José, na cidade vizinha de New Jersey, freqüentado por brasileiros como Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira - considerados médiuns pelos adeptos da doutrina. "Do que mais gosto na minha religião é a idéia de que podemos sempre voltar à Terra de novo e aperfeiçoar nosso espírito", diz Raica, o rosto do espiritismo jovem. "Sempre temos uma segunda chance."
Raica, Raul e Divaldo são, segundo uma reportagem publicada recentemente no jornal americano The New York Times, as faces visíveis de um novo fenômeno: a abertura de centros espíritas nos Estados Unidos dirigidos por brasileiros, freqüentados pela comunidade latina e também por americanos. O Brasil não é apenas o maior país católico do mundo. É também a nação com maior número de espíritas, cerca de 20 milhões de pessoas, segundo os números oficiais. E, agora, tornou-se também o principal pólo difusor da religião fundada e sistematizada pelo francês Allan Kardec.
Quais as características desse espiritismo que o Brasil professa e exporta? Pode-se dizer que o rosto de Raica, uma das mulheres mais bonitas do país, é a face-símbolo de uma nova fase na religião. Esqueça os copos que se movimentam sozinhos sobre a mesa branca, as operações com canivete e sem anestesia do médium Zé Arigó e as sessões de exorcismo coletivo transmitidas pelo rádio. Isso tudo ainda existe, mas o crescimento e a exportação da doutrina se devem principalmente a seu lado menos místico e mais racional.
Esse "novo espiritismo" preserva os pilares básicos da religião: a imortalidade do espírito, sua reencarnação e evolução, além da possibilidade de comunicação entre vivos e mortos. Mas se baseia muito mais em leituras e na introspecção que em rituais ou sessões que invocam supostas forças do além. São incentivadas também as duas práticas mais fortes da doutrina: a caridade e a tolerância religiosa. O espiritismo vem crescendo no Brasil, principalmente entre jovens de classe média. No site de relacionamentos Orkut, já existem 366 comunidades sobre "espiritismo" e outras 808 quando se busca a palavra-chave "espírita".

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